O aço frio do metrô.
A saída com várias opções.
A linha verde.
Reencontro silencioso.
Será que em algum espaço da sua memória ele lembra daquela tarde?
Pode ser que sim, pode ser que não.
Eu me lembro. De todas as pessoas que lá estavam, inclusive suas expressões. É difícil conciliar a vida com as memórias afetivas - nesse caso o clássico ato já me é certeiro:
Uma taça estrategicamente posicionada em sua mesa cheia até a metade com o vinho encorpado.
-Qual será sua uva favorita?
Não sei. Tão pouco tenho coragem de adivinhar.
As perguntas são óbvias, ou nem tanto.
O tempo de mudança e resposta oscila - diz ele.
A memória do mundo sempre foi dominada pelo poder.
Reflexões meio óbvias pra quem estuda a memória há algum tempo.
Me interessava mesmo era pelo outro diálogo, quando escutei Benjamin, meu coração ardeu em chamas. Ainda tenho essa sensação de frio na barriga quando alguém cita meu autor favorito, é muito forte. Ele me ensinou muito sobre a memória, sobre o conceito de História.
O conforto silencioso de escutar e escrever, anotar, refletir, preencher meus neurônios com algo que faz meu coração pulsar.
(...)
"O vinho, diferente da cerveja é degustado com uma lentidão veloz."
O prazer do corpo do vinho se transforma em libertação e auto determinação.
Caminhar sem direção.
Aprender a pertencer.
Decisão clara e precisa.
Abandonar-se para vagar.
Subjetividade.
(...)
A quem ofertar as linhas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário