seu cheiro ficou
seu gosto estacionado na soma de células do lençol trocado
seus olhos firmes transmitiam o silêncio
falta de coragem pra ser inteira
de dizer conversa furada
dos incômodos cotidianos
da preguiça do despertador
da cafeteira aviando a ausência de xícaras, pessoas
seu peso ficou
não em meu corpo
no ar do infinito
seu medo de expor
brindou reflexões de mar
de navegar
de maneira corriqueia
seu óculos ficou
como imagem da sua incapacidade
de reconhecer minha vontade de aquecer seus dedos
anseios
transformar medo em prazer
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