segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

entresilêncios

não respiro
desisto
essa dor me invade como algo natural

minhas mãos trêmulas, meu corpo tenso
músculos enrijecidos

não respiro
desisto

essa sensação de sempre estar no lugar errado
o incômodo da presença
sempre a espreita da partida

não respiro
desisto
meus ouvidos conhecem aquela melodia.

habitual.

já são tantos corpos que flutuaram
tantos olhos transpassaram

então respiro, mas piro.

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