terça-feira, 3 de outubro de 2017

afinal, o que era?

a espreita do meu coração, posição cômoda
desejo de me transpassar limitado pelo meu olhar
a oferta da mágoa nítida em meu semblante
não habitual
fortaleza não é apenas ancorar o barco 
a madeira desgasta com a densidade das palavras
ou a ausência
ou a procura
a caça causa explosões sensoriais
cometas criados no expresso do amor moderno líquido
desfeito sem palavras,
apenas uma mancha no lençol 
pinto a mágoa com as cores do arco íris
a chuva transforma as gotas em vapor
levando a água para o curso natural dos rios
desaguando no mar
a escutar
a plenitude das ondas beirando o cais
desarmar-se em um ato de coragem
ou permanecer

e compreender
a impermanência 

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