sábado, 2 de setembro de 2017

dourado hábito inesperado

Quatro garrafas estupidamente geladas, se pego em seu corpo, explodem.
Seria sensibilidade ou apenas física?
Amendoim com casquinha.
Cumbucas vermelhas.
Copos americanos.
Um cinzeiro.
Alguns cigarros apagados.
Cheiro de podre – seria interior ou apenas impressão?
Jab direto, jab cruzado.
Pensamento a milhão.
Decisão.
Lua em capricórnio.
Astrologia mercantilizada ou sentido para o apego?
Agarro meu copo.
Acendo outro cigarro.
Mudamos a linguagem – exercício continuo de deslocar-se.
Não é possível fisicamente, o imaginário é acionado.
Seus olhos sensíveis, seu corpo retrata a ansiedade.
Medo.
De não ser, de não estar. De ser rejeitado.
Espera ser notado.
Equívoco.
Ele quer ver o mar, mas precisa ir até lá.
Ele vai
Navegar.
Ou voar?
Copo americano meio rachado.
Nadir é a marca.
Compartilhamos nossos anseios, desejos.
Tudo sem combinar.
Daqueles dias espontâneos
Você sente
Que afinal
O controle só é parte
da condição de estar sempre frustrada
Apática
De interpretar o outro
Sem sequer
consultar.

(e eu continuo com saudade no dilema de desaparecer, afinal, pra quem estou mentindo?)

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