sábado, 23 de julho de 2016

esboço do não

O desejo alheio que me acorrenta
As palavras não medidas e pesadas
Desviadas com bela gargalhada
Acorrentando a paisagem e destruindo os lugares
Cantos cinza 
chuva e barro
Não posso medir sua dor por metro quadrado
Todos sentem a densidade de carregar o peso de sofrer mais que o vento
Todo poluído,
corroído por empresas falidas
Diferentes neblinas de ideais, 
cruzamento de pensamentos habituais
o afastamento da reflexão
a angústia da vida levada sem disciplina

A classificação levando ao canto de sol um pouco de fumaça
Pra poder reacender a brasa

Desse teto tão alto e frio
Com ar de bonito, 
mas então destruído por desvios incontroláveis dos desejos alheios

Misturados à instabilidade crescente e a negatividade presente

Seria melhor entender o mundo por cores, por sabores
Avisando que cada espaço tem uma relação de pertencimento com a memória afetiva e seus desalentos e que isso não te faz indiferente

Apenas forte e enraizado nos sofrimentos antigos, já superados

sexta-feira, 22 de julho de 2016

afinal o que é?

A espreita da loucura

Da queda

Do profundo mundo sem cura

A procura

De uma fuga

Pra se sentir distante da mesmice

De contar os dias, somar as horas

E depois o mesmo sol cobrir toda essa pólvora

Que assalta meu coração em chamas

E derrama larvas de sofrimento

Conforme o ritmo toca no movimento

E os pés vão cansando em diversos momentos

Sutileza plena que resolva meus dilemas

Mira bem longe na colina

Que suprime minha vida