O desejo alheio que me acorrenta
As palavras não medidas e pesadas
Desviadas com bela gargalhada
Acorrentando a paisagem e destruindo os lugares
Cantos cinza
chuva e barro
Não posso medir sua dor por metro quadrado
Todos sentem a densidade de carregar o peso de
sofrer mais que o vento
Todo poluído,
corroído por empresas
falidas
Diferentes neblinas de ideais,
cruzamento de pensamentos habituais
o afastamento da reflexão
a angústia da vida levada sem disciplina
A classificação levando ao canto de sol um
pouco de fumaça
Pra poder reacender a brasa
Desse teto tão alto e frio
Com ar de bonito,
mas então destruído por
desvios incontroláveis dos desejos alheios
Misturados à instabilidade crescente e a
negatividade presente
Seria melhor entender o mundo por cores, por
sabores
Avisando que cada espaço tem uma relação de
pertencimento com a memória afetiva e seus desalentos e que isso não te faz
indiferente
Apenas forte e enraizado nos sofrimentos
antigos, já superados